1001 livros para ler antes de morrer (Parte 1)

 

Vocês já ouviram falar do desafio "1001 livros para ler antes de morrer "?

Essa lista surgiu através de um livro organizado pelo Peter Boxall, professor de inglês na Universidade de Sussex, na qual ele selecionou 1001 titulos de livros que tenha alguma relevância e que na opinião dele todo mundo deveria ler.

Esse livro possui várias edições  , sendo a que circula aqui no Brasil do ano de 2010 .

Eu resolvi meio que participar desse desafio .

Na verdade o meu desejo é ir lendo o que tenho vontade e depois conferir os quais desta lista  eu acabei lendo.Acredito que seja legal  acompanhar ao passar dos anos 

Tem uma lista que criei em uma pagina aqui no blog, onde grifei  de  rosa  os livros que  eu quero ler porém não tenho na minha estante, os grifados de   lílas são os que eu  tenho na minha estante e ainda não li e por fim os de   verde  para os livros que já li .

Ao total foram 41 livros lidos e resolvi falar sobre estes livros influenciada  pela Duda Menezes que neste ano montou um playlist no canal dela onde mostra todos os livros que ela leu (conheça a playlist da Duda aqui).E neste post vou falar um pouco sobre os que  li entre os anos de 2000 ( nem sabia nem ler nessa época , mas tudo bem ) até 2010 .

Estes foram os meus primeiros anos como leitora , também corresponde à época que eu ia na escola ( e lia no pátio , na sala de aula). Alguns dos livros abaixo eu li na versão resumida, eu mencionarei , e apenas um foi recomendação da escola .

A maioria deles eu esbarrei na biblioteca e resolvi ler por mera curiosidade , nem sabia que era clássico...

Razão e sensibilidade

(Jane Austen) 

Livro de 1811

“Entre razões e emoções, a saída razões é fazer valer a pena “, foi com estes versos da música “Razões e emoções " da banda NX Xero que retirei “Razão e sensibilidade” da estante da biblioteca e o levei para casa.

Era claro que de certa forma eu suspeitava que estava pegando um livro clássico. Era um livro de capa dura e havia um fascículo no meio do livro falando um pouco sobre a autora (cujo eu não li).

Eu amei “Razão e Sensibilidade “, eu sofri com a dor da decepção que sentiu a sensível  Mariane e gostei da  racional Eleanor. Acho que tenho um pouco das duas.

Sinceramente, eu não gostei do final, mas na segunda vez que o li, entendi a escolha da autora. Agora terei que ler uma terceira vez para ver se consigo aceitar...

 A moreninha

 ( Joaquim Manoel de Macedo) 

Livro de 1844

   “A moreninha “é o primeiro livro do romantismo brasileiro,e com ele eu apreendia não ser preconceituosa com os clássicos nacionais. Descobri que eles também podiam ser divertidos.

   Este eu li por mera curiosidade graças a escola literária do romantismo e acredito que fiz essa leitura em 2008.

Alice  no pais das maravilhas

 ( Lewis Carrol) 

Livro de 1865

Li três vezes “Alice no país das maravilhas”, a primeira foi em 2003 por influência da Disney, a segunda em 2005, a biblioteca da cidade onde eu residia estava fechada por motivo de mudança e uma vizinha selecionou alguns livros para me entreter naquela época e “Alice “e o seu país das maravilhas veio junto .Já que estava sem muitas opções eu acabei o relendo.

A terceira foi em 2019, desta vez eu li o original disponível no domínio público para trabalhar o meu “Reading “e “listening” pois ouvi junto o seu audiobook em inglês.

Confesso que gosto mais do filme do Walt Disney do que do livro de Lewis Carrol , esta é uma obra que me causa estranhamento, não tenho ele como uma leitura realmente gostosa. O que faz todo sentido, afinal estamos dentro de um pesadelo da pequena Alice, o “maravilha” só tem no título, acredito que bizarro é uma palavra mais adequada.

A volta ao mundo em 80 dias (Jules Verne)

livro de 1873

Eu não tenho absoluta certeza, mas creio que li este livro em uma versão resumida, pois ouvi falar que a escrita de Verne é arrastada e eu achei a leitura de “A Volta ao mundo em 80 dias” bem fluído e eletrizante. Foi daqueles livros que eu li de uma vez. 
Na época dessa leitura até pensei em procurar outros livros do autor, lembro que no mesmo tempo estava em cartaz a adaptação de “Viagem ao centro da terra" pelo qual me interessu.Porém estranhamente mais de uma década se passou e eu não li mais nada dele, apesar de ter planejado ler dois deles nos últimos anos. 

Senhora (José de Alencar)

livro de 1875

A curiosidade despertada pelas aulas de literatura e a escola literária do romantismo, foi de livre e espontânea vontade que eu li “Senhora "do José de Alencar. Ao contrário de muita gente, eu não fiquei traumatizada com o autor, na verdade Alencar era um dos autores estudados na escola que mais procurei ler as obras e “Senhora” é o meu favorito. 

Às vezes acho que gosto mais da premissa da história do que o livro em si, queria que tivesse, mas um pouco de Aurélia e menos de Seixas. E tem algumas descrições enormes que eu pulava sem nenhuma piedade. 

 Quincas Borba

 ( Machado de Assis)

Livro de 1891

O primeiro livro de um tal de Machado de Assis que gostei...Antes deste eu li “A mão e a luva” que não curti e havia abandonado “Dom Casmurro”, que havia achado um tedio e não compreendia nada. 

Agora algo em “Quincas Borba “, eu não sei definir exatamente o motivo, mas o desenvolvimento da história deve ser uma delas. Naquela época cogitei a ideia de ler “Memorias Póstumas de Brás Cubas”, feito que apenar realizei em 2020, bem mais de 10 anos depois dessa leitura.

 

 O cão dos Baskerville 

 (Conan Doyle)

Livro de 1902

Em 2006, a grade curricular da minha escola tinha dois horários vagos e onde eu morava naquela época esses horários foram ocupados por aulas de reforço e de leitura. Nesta aula de leitura a professora escolhia um livro e lia em voz alta para a sala de aula. O primeiro livro que ela escolheu para trabalharmos foi “O cão dos Baskerville” e eu como já havia ouvido falar de Sherlock Holmes e já era apaixonada por Agatha Christie, corri pegar outro exemplar da obra na biblioteca e fazer a leitura por conta própria, senão teria que esperar uma semana para saber o que aconteceria no próximo capitulo. 

Só que a versão que ela estava lendo era mais ágil porque era uma versão resumida e eu peguei o texto original que achei meio maçante. Acredito que seja a comparação porque o mesmo não aconteceu quando li “Um estudo em vermelho”.

As meninas 

(Lygia Fagundes Telles)

Livro de 1973

Na época que comecei a escrever “Os dias eram assim..”, ( haha,brincadeira, mas a história que eu estava trabalhando tinha uma sinopse e alguns pontos bem semelhantes ao da superserie exibida pela Rede Globo anos depois, até o nome da mocinha era o mesmo e o irmão do mocinho tinha o mesmo nome do meu, fiquei chocada quando vi o comercial) comecei a pesquisar sobre Ditadura Militar e como “As meninas “ tem esses anos negros como plano  de fundo, e ainda é um livro que tece críticas ao governo e publicado mesmo assim naquela época,  o peguei várias vezes para ler e fazer consultas. 

Junte ao fato de que soube que Lygia Fagundes Telles morou por alguns anos na cidade onde eu moro.Eu estava obcecada por ela, se aquela mulher surgisse na minha frente e me desse a lista de compras do supermercado dela eu a leria  com avidez. 

Uma coisa que me agradava em “As meninas “era essa intercalação entre as três personagens principais, eu gostava principalmente da Lorena e da Ana Clara, não sei por quê, mas tenho impressão que a Liah ,nossa revolucionaria, ficava um pouco perdida entre essas duas. 

O final deste livro é ótimo em minha opinião, sabe aquele final que parece que as partes negativas perdem a significância e por isso merece 5 estrelas? Foi assim para mim

Também recordo que hava uma conversa no meio  do livro sobre falar palavras ao contrário dar sorte e eu e as personagens do livro ficamos nos referindo ao dinheiro como ”orinhenid" .Eu me sentia a quarta integrante do grupinho.

***

E você conhecia o "1001 livros para ler antes de morrer? Teve curiosidade de ver e quais e quantos livros citados nele você leu? Diga nos comentários