Resenha: O apanhador no campo de centeio de J D Salinger

Você  com certeza em algum momento da sua vida ouviu falar de "O apanhador no campo de centeio " .
Talvez você,assim como eu, também achava que tratava-se de uma história rural que tinah como cenário principal em um campo de centeio. Talvez a trama acompanhasse a  uma criança que por causa de sua situação social teve que trabalhar forçado em um campo de centeio ou algo semelhante . Realidade de muitas pessoas, aliás.O meu pai mesmo foi uma pessoa que teve que trabalhar na roça  no lugar de se dedicar aos seus estudos.
E sim ,essa visão particular do que seria esse romance baseado em apenas ouvir o título é  completamente minha.
Sempre imaginei que O apanhador no campo de centeio era um livro de narrativa densa e com muitas cenas pesadas.
Mas errei completamente...O Holden da história de Salinger desconhece que essa realidade pode existir.

Resolvi  ler O apanhador no campo  de centeio, por indicação de uma amiga que tem um carinho especial pela trama. 
Mas não  segui a empreitada de leitura  sozinha convidei  a  Hanna do Mundinho  da Hanna para fazermos juntas a leitura desse clássico do J.D Salinger..
Agora sem mais enrolação  vamos a resenha.

O apanhador no campo de centeio livro

Titulo:O apanhador no campo de centeio (The Catcher in the Rye)
Autor: J D Salinger 
Tradutor: Caetano W. Galindo
Paginas: 207
Ano : 1951

Compre aqui: Todavia  | Editora do Autor

Sinopse:
 É Natal, e Holden Caulfield conseguiu ser expulso de mais uma escola. Com uns trocados da venda de uma máquina de escrever e portando seu indefectível boné vermelho de caçador, o jovem traça um plano incerto: tomar um trem para Nova York e vagar por três dias pela grande cidade, adiando a volta à casa dos pais até que eles recebam a notícia da expulsão por alguém da escola. Seus dias e noites serão marcados por encontros confusos, e ocasionalmente comoventes, com estranhos, brigas com os tipos mais desprezíveis, encontros com ex-namoradas, visitas à sua irmã Phoebe -- a única criatura neste mundo que parece entendê-lo -- e por dúvidas que irão consumi-lo durante sua estadia, entre elas uma questão recorrente: afinal, para onde vão os patos do Central Park no inverno? Acima de todos esses fatos, preocupações e pensamentos, paira a inimitável voz de Holden, o adolescente raivoso e idealista que quer desbancar o mundo dos "fajutos", num turbilhão quase sem fim de ressentimento, humor, frases lapidares, insegurança, bravatas e rebelião juvenil.

A história de "O apanhador de campo centeio" acompanha o nosso narrador Holden Caulfield ,um jovem que acabou de ser expulso (de novo) de uma escola, após  tirar nota baixa em todas a matéria. 

Porém, antes de seus genitores receberem a notícia de sua mais nova expulsão, Holden resolve fugir  dali e passar alguns dias  em Nova York, hospedado em um hotel vagabundo até chegar o Natal.

É nesses dias entre ele fugir da escola até o momento de encarar os pais que acompanhamos Holden .

Vou ser bem sincera sobre minhas primeiras impressões sobre O apanhador no campo de centeio. Achei um livro um bocado  chato e meio confuso.

Passei 97% do livro procurando o plot que justificaria todo o sucesso que O apanhador no campo de centeio alcançou desde seu lançamento em 1951.

Mas confesso que a narrativa do nosso jovem protagonista de 16 anos em suas andanças por Nova York na véspera do Natal não  foi nada impressionante .
Não encontrei nenhuma profundide, além de um garoto reclamão e um bocado deprimido.
 
Em alguns  momentos cheguei  a dúvidar da saniedade mental de Holden. Por isso não  dei  muito crédito a várias  coisas que aconteceram, pois o considerei um narrador não-confiável. 

 Confesso que algumas divagações que ele teve no desenrolar da trama, são coisas que compartilho da mesma opinião dele, como a forma que ele encara Jesus e os apóstolos. Eu  mesmo acho várias coisas  que o apóstolo Paulo escreve em suas cartas vai  em contramão  do que Jesus pregava.

Não posso falar que foi uma leitura ótima e que foi direto para lista de meus favoritos. Mas tenho que ressaltar que ele tenha uma narrativa bem leve, que ajuda a leitura fluir bem. Para mim isso é um ponto positivo.

Os personagens de O apanhador no campos de centeio não são cativantes, além deles nos ser apresentado pelo ponto de vista amargurado de Holden. Temos que levar em conta que eles são narrados pelo ponto de vista de Holden e tem uma passaagem curta na narrativa, o que não da tempo para apegar a eles.

O único personagem que tem presença na trama é o própio Holden, que mesmo me identificando com ele em algumas partes, não foi um personagem que me conquistou ou gerou empatia. Esse detalhe impacta de forma negativa a minha leitura.

É algo pessoal, mas muitos outros leitores , até mesmo você que está lendo essa resenha, pode sentir a mesma coisa.

Porém nada impede que você tenha uma experiência positiva, O apanhador no campo de centeio de J.D Salinger acumula milhares de leitores que tem um grande apego a esta obra e a considera como uma favorita, eu apenas não sou uma delas.

No final foi um livro 3 estrelas. Posso arrendondar para 3 estrelas e meia depois que entendi o título.

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Artes baseadas no livro O apanhador no campo de centeio 


O significado do título  de O apanhador no campo de centeio.

Só consegui entender o verdadeiro significado da escolha do título – O apanhador no campo de centeio –  depois de pesquisar pela internet afora. 
O título  faz referência  ao poema Comin thro the Rye (Vindo pelo campo de centeio) de Robert Burns escrito em 1784, que  inspirou J.D Salinger à escrever essa obra.

 Existe uma cena no final do livro que  que Holden comenta sobre o poema para a sua irmã e conta a Phoebe que tem uma  visão  de si mesmo com alguém que ficava perto do precipício observando as crianças  brincarem em um campo de centeio,  e quando elas chegassem perto do precipício ele às salvaria.

O tal precipício que ele se referia é a vida adulta e a perca da inocência. O que torna Holden em uma espécie de Peter Pan.

Compreender  o que estava por trás  do significado do título, ajudou que eu percebesse melhor a profundidade de algumas cenas do livro. E a importância da cena que Holden conversa com o professor Antonilli.


 A Importância de  "O apanhador no campo de centeio"  para a literatura


O apanhador no campo de centeio é um marco na história da literatura mudial, foi o primeiro livro que se preocupou em retratar a caótica época de nossa adolescência.De certa forma, livros como "O diário da princesa", "Querido Evan Hansen", "Namorado de aluguel " e etc...é um legado desse livro escrito em 1951.

A década de 50 foi a época que os jovens ganharam voz, não somente na indústria literária com "O apanhador" ,quanto pela música, cinema ,moda e etc...

A indústria percebeu que os adolescentes poderiam ser vorazes consumidores dos seus produtos .

Não precisa lembrar que foi dessa época que surgiu nomes como James Dean e Elvis Presley.

O livro de nossa resenha surgiu bem no começo dessa década,então não tem como negar que esse livro receba algum "status". É o marco de uma geração e de um novo estilo literário.

Uma outra  polêmica  que ajuda O apanhador no campo de centeio ser mais amplamente conhecido, foi o fato de ter sido apontado como a principal influência para alguns assassiantos que foram cometidos no século passado, o mais celébre é o do ex-beatle John Lennon. Por causa desses trágicos acontecimentos o livro tem fama de ser amaldiçoado. .

Você já leu ou tem vontade de ler esse clássico? Diga nos comentários 

Não esqueçam de conferir a resenha da Hanna

Comentários

  1. É um prazer conversar com vocês nos comentários,mas sempre vale lembrar.

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  2. Boa tarde Babi,

    Como mencionei com você no instagram, esse livro está na minha lista de desejados e eu tenho uma curiosidade imensa, uma pena ele não ter funcionado com você, talvez funcione numa possível releitura....bjs.


    https://devoradordeletras.blogspot.com

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  3. Pois é Babi, como você disse, nosso Holden é um menino com sérios problemas mentais, um bocado confuso e muito reclamão. Foi muito complicado manter a leitura e também não dou mais que 3 estrelas a ele.
    Bjks!

    Mundinho da Hanna

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